Olá caçadores de pérolas,
A irresponsabilidade das pessoas é algo que me surpreende. Principalmente quando envolve segurança dos clientes. Hoje eu ouvi uma que quase me fez enfartar…
A pérola: Você usa uma agulha de eletrolifting por sessão, por cliente? Imagina eu lavo na água e coloco naquele tubinho e mando para a cliente. Meu custo aumenta muito se eu fizer o que você faz.
Oi? Como assim? Você lava na água? Manda a agulha com a cliente para casa? O mundo está acabando mesmo… sem palavras… E ela ainda falou com um tom de que absurdo que eu estava falando…
Como podemos chamar uma pessoa dessa de profissional? Cade a responsabilidade gente? Aonde vamos parar? Por isso que sou contra a venda de equipamentos para qualquer pessoa… deveria haver algum critério… sem palavras…
Vamos tentar explicar as coisas… vamos por partes:
O eletrolifting é um tratamento que visa à atenuação de rugas e linhas de expressão, baseado nos efeitos fisiológicos da corrente galvânica. (Guirro, 2004)
A mobilização eletroiônica da água e das células sanguíneas e a eletroendosmose que possibilita o abrandamento de lesões dérmicas no polo negativo são as bases para o tratamento das rugas e estrias. Para a realização dessa terapia, há necessidade de um eletrodo ativo especial, o qual consiste de uma fina agulha, necessária para que haja a concentração da corrente, sustentada por uma haste do tipo caneta. O eletrodo passivo é do tipo placa de alumínio envolvido por uma esponja embebida em água e colocado em contato com a pele do paciente. (Borges, 2006)
Este equipamento utiliza uma agulha introduzida a nível subepidérmico que desencadeia um processo inflamatório local que leva à cicatrização, resultando numa melhor aparência da pele.(Valduga, 2009)
A agulha utilizada na realização do eletrolifting deve ser fina, rígida e pontiaguda, de modo a penetrar facilmente na pele. Após a sessão, este material deverá ser descartado. (Valduga, 2009)
No manual da IBRAMED (veja no final nas referencias) inclusive se recomenda que a Ponteira para eletrolifting em aço inox (reutilizável) deve ser esterilizada antes e após cada sessão), outras recomendações do manual: Se a técnica aplicada usar agulha (minimamente invasiva), descartar após cada sessão ou se perceber que durante o procedimento a agulha apresenta dificuldades em se aprofundar na epiderme. Se a técnica usar a ponteira não invasiva, esta deverá ser esterilizada após cada sessão. Viram como isso é importante??? E ainda ressaltam vejam:
As agulhas são individuais e devem ser descartadas após cada procedimento em recipientes especiais rígidos, resistentes à punctura, ruptura, vazamento, e com tampa. As agulhas para eletrolifting são consideradas lixo hospitalar.
Ficou claro que não se deve reutilizar as agulhas??? Muito menos lavar na água! Nem para a criatura usar uma loção desinfectante ou uma autoclave dependendo do tipo da agulha… ela lavou na água!!! Que espetáculo! Uauuuuuuuuuuuuuu
Esterilização: o conceito de esterilização é absoluto.O material é esterilizado ou é contaminado, não existe meio termo. (Cruz, 2002). Deu para entender???
E ainda a colega manda a agulha para casa, que CORAJOSAAAAAAA… além de tudo ela não sabe onde a cliente vai guardar e o que pode fazer com a agulha… o ser humano é capaz das mais bizarras coisas, FATO!
A acupuntura também já há muitos anos que as agulhas não são reutilizadas… aquela coisa de deixar agulhas em tubo de ensaio para quando o paciente voltar é coisa do passado…
Sem palavras pessoal, mais responsabilidade com a saúde alheia, por favor…
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http://www.institutosaopaulo.com.br/isp/busca/ft?qry=agulha%20de%20eletrolifting
Referencias
Guirro E, Guirro R. Fisioterapia Dermato-Funcional. 3ed. São Paulo: Manole, 2004.
BORGES, F.S. Dermato Funcional: Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Editora Phorte, 2006
VALDUGA, P. Análise da Aplicação de Microgalvanopuntura em Estrias Atróficas Crônicas em Dois Tipos Diferentes de Pele. Revista Kinesia, v.1, Março, 2009
Cruz SL. Antissépticos, desinfetantes e esterilizantes. In Silva Penildon. Farmacologia. Sexta edição. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2002
Magalhães HP. Técnica cirúrgica e cirurgia experimental. São Paulo. Ed. Sarvier, 1993
http://www.ibramed.com.br/wp-content/files_mf/1376071648ndynes_7_0709.pdf
Os cursos deveriam direcionar os alunos corretamente em relação ao descarte. Fiz um curso de facial este final de semana que nem sequer comentou sobre o descarte. É importante saber como, onde descartar e o que fazer quando o descarpack estiver cheio, onde levar. Falta muita informação.