Olá caçadores de Pérolas,
Hoje vamos mais uma vez falar sobre tricologia… A criatividade das pessoas é algo incrível. Veja só o que o profissional disse:
A pérola: A caspa é o cocô da bactéria.
Pessoal, não dá para acreditar nisso né? Imagine a cena, milhões de bactérias evacuando na sua cabeça… para a caspa que é visível ser o cocô de algo, imagina o tamanho que deveria ser esse ser.; Já diz o ditado quanto maior o cachorro maior o cocô dele, o mesmo deve valer para os outros seres né? kkkkkkkkkkkkk
Só fazendo piada para tornar a coisa menos triste… vamos explicar para a colega o que é a caspa:
Toda a alteração que afete o couro cabeludo como a seborreia, a dermatite seborreica e a caspa são anomalias que causam desconforto às pessoas que sofrem dessas disfunções que ocorrem na pele. Por se apresentarem nas áreas mais visíveis como, couro cabeludo, face, sobrancelhas, nas regiões articulares como joelhos e cotovelos, ocasionam reações da baixa autoestima porque afetam diretamente a estética pessoal (PEYREFITTE, 1998)
A caspa é uma descamação excessiva do couro cabeludo, na qual surgem entre os fios de cabelo pequenas escamas brancas, sem a presença de inflamação do couro cabeludo. É considerada a variedade mais comum e mais branda de dermatite seborreica.
Caspa – Pityriasis capitis: Caracteriza-se por descamação fina, esbranquiçada e difusa que acomete o couro cabeludo. Alguns autores a consideram como a forma branda da dermatite seborreica; outros atribuem o seu aparecimento somente à aceleração da multiplicação celular (KEDE, SABOTOVICH, 2004)
Esse ressecamento pode ser provocado por produtos irritantes como xampus, cremes, géis e condicionadores inadequados, ou até mesmo deficiências nutricionais de vitaminas e óleos essenciais (GOMES, 1999)
Dermatite seborreica (DS) é uma afecção comum da pele, caracterizada por lesões eritêmato-descamativas que afetam principalmente o couro cabeludo e a face. Sua prevalência em populações sadias varia de 2% a 5%, segundo diferentes estudos. Acomete ambos os sexos, sendo mais comum em homens. As lesões se desenvolvem em áreas ricas em glândulas sebáceas, como couro cabeludo, face, pavilhão auricular e tórax.
A fase menos grave e mais comum é conhecida como pitiríase seca ou caspa e se apresenta como uma descamação seca, em flocos, em pequenas placas que rapidamente se espalham pelo couro cabeludo. Outro tipo oleoso, a pitiríase esteatoide, apresenta-se com eritema e crostas espessas. Formas mais grave se manifestam por placas gordurosas, descamativas ou erupções psoriasiformes com crostas espessas e mau cheiro. As lesões podem propagar-se além do couro cabeludo para fronte, orelhas, regiões retroauriculares e pescoço. Nos lactentes o acometimento do couro cabeludo se chama crosta láctea. Nas crianças e adultos jovens pode ocorrer uma forma com escamas aderentes difíceis de destacarem, chamada pseudotinha amiantácea. (Cestari, 2006)
Dermatite seborréica (DS) é dermatose extremamente comum; os aspectos etiopatogênicos ainda säo, no entanto, controversos. Alguns autores acreditam que a Malassezia furfur seja o organismo causal, porém o fungo é isolado da maioria dos indivíduos normais o que contraria essa teoria. Parece que a DS é decorrente de um processo inflamatório que leva à hiperproliferaçäo de queratinócitos e alteraçäo na composiçäo dos lipídios com aumento do colesterol e triglicérides e diminuiçäo de ácidos graxos. Essa alteraçäo aumenta o pH da pele e favorece a supercolonizaçäo pela Malassezia furfur. A populaçäo aumentada de M. furfur, por meio de seus metabólitos, ativa o complemento levando à liberaçäo de fatores quimiotáticos que perpetuam o processo inflamatório. Fatores constitucionais, fisiológicos e ambientais säo relevantes na etiopatogenia da DS, que é considerada multifatorial. O tratamento inclui cuidados gerais, principalmente na DS infantil, exposiçäo a raios ultravioleta e terapêutica tópica e/ou sistêmica (Zaitz, 1996)
Como vimos, a caspa não é cocô e muito menos causada por bactérias.
Gostou? Aprendeu? Mande sua pérola e nos ajude a combater as pérolas e propagar a estética mais cientíica!
Até a próxima!
referencias
KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. São Paulo: Ed. Atheneu, cap. 6.6, 2004.
PEYREFITTE, Gérard; MARTINI, Marie-Claude; CHIVOT, Martine. Cosmetologia, biologia geral e biologia da pele. São Paulo:Ed. Andrei, 1998.
GOMES, A. L. O Uso da tecnologia cosmética no trabalho do profissional cabeleireiro. São Paulo: Ed. Senac, 1999.
Cestari SCP, Azulay DR, Azulay RD. Eczemas e Dermatites Afins. In: Azulay RD, Azulay DR. Dermatologia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. pp. 162-165.
Zaitz, Clarisse; Reis, Carmélia Matos Santiago; Castro, Luiz Guilherme Martins de; Feio, Rosa Maria de Castro Amaral. Etiopatogenia da dermatite seborréica: estado atual /An. bras. dermatol;71(supl.2):11-5, mar.-abr. 1996. ilus.
Não deixe de ler: http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/72/i06-infdermatite.pdf
Eu quero saber de todas as perolas para não cometer nenhuma…